quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Clamando por Kuan Yin
“ Grande Compassiva Kuan Yin,
concede-nos a graça de te conhecer e reconhecer,
seja qual for a forma que você possa tomar,
nas ruas, nas lojas, em nosso trabalho e em nosso lazer,
Dá-nos a coragem para reconhecer a tua presença no prazer e na dor,
na felicidade e infelicidade;
Dê-nos a sabedoria que vem da capacidade de reconhecê-la em todas as suas
inúmeras formas, não apenas as que queremos ver;
Dê-nos a compaixão para perdoar aqueles que estão nas garras da ilusão,
do preconceito e da intolerância;
Concede-lhes o poder de conhecer o espírito do Dharma;
não apenas a capacidade de ler as regras e escrituras;
Dê-nos a sabedoria de perceber que o que a igreja cristã ensina
tem sido ensinado pelos Buddhas por milhares de anos;
Dê-nos a coragem de tomar os sufis pela mão e, em sua dança, conhecer a
alegria da meditação;
Dê-nos a compreensão que as festas judaicas são celebradas pelos Buddhas;
Ensine às pessoas que a paz no mundo só pode ser obtida se fizermos as pazes
conosco mesmos, em nossos corações;
Mostre-nos que somos responsáveis, cada um de nós, pelos conflitos que podem
destruír o nosso mundo; devido à ganância e dualidade dentro de nossos
corações.
Ensina-nos a encarar a nós mesmos como realmente somos, mantendo o seu
espelho, em todas as suas manifestações, diante de nós;
Ensina-nos que a natureza de Buddha está dentro de todos os seres,
independentemente de sua cor, religião ou espécie que possam ser,
Ensina-nos a sermos gratos aos objetos inanimados para tornarem-se
disponíveis para o nosso uso;
Ensina-nos que não temos o direito de esperar que as árvores e plantas
se doem para nós sem expressarmos a nossa gratidão;
Dê-nos a decência comum, e nada mais do que isso, para melhorar a sorte
dos animais, sem cujo sofrimento nas mãos dos pesquisadores, muitos de nós
não estariam vivos hoje;
Ensine aos pais que seus filhos tem direito ao respeito, amor, atenção e
reconhecimento de suas opiniões;
Ensine às crianças que as palavras de seus pais devem ser ouvidas e
consideradas seriamente;
Manifeste-se nas telas de televisão e nos cinemas e nos mostre os perigos
da dependência de drogas e os males da criminalidade para que possamos
ser salvos dos mesmos;
Ajude-nos a saber que todos os seres vivos tem os mesmos medos básicos,
esperanças, amores, anseios, fome e sede, e que eles só fingem não tê-los
por medo de que a sociedade os coloque em ostracismo;
Ensina-nos a não ser covardes pelas circunstâncias e diante da verdade;
Ensina-nos que uma pessoa com raiva é uma pessoa assustada;
Ajude-nos a sermos amigos para os solitários;
Dá-nos a visão de seus mil olhos para enxergarmos onde a ajuda é
necessária e dá-nos a força de seus mil braços para auxiliarmos a outrem;
Ensina-nos a não olhar para as falhas dos outros, mas sim para vermos as nossas
próprias;
Ensine a todos os Budistas de que é melhor viver em harmonia uns com os outros que discutir e lutar por doutrina e dogmas;
Ensine àqueles que caluniam, insultam e maldizem que a única pessoa que se
prejudica é si mesmo, e que todas as maldições devem, pela lei do karma,
retornar sobre as cabeças daqueles que as proferiram;
Ensine àqueles que são caluniados a terem compaixão com aqueles que são
infelizes e equivocados ao proferirem maldições;
Ensina-nos que, em todo o universo, os únicos inimigos são o medo e a
superstição, artifícios nas mãos daqueles que procuram controlar os outros, e
dê-nos então a coragem para enfrentarmos e vencermos os seus desejos de
poder;
Dê-nos a inteligência para refletirmos sobre quem realmente somos;
Ensina-nos que os Buddhas e os Patriarcas não sofreram nenhum dano
concebível, porque viveram suas vidas de forma natural;
Faz-nos saber que uma pessoa iluminada, é uma pessoa inteira,
livre das opiniões dos outros;
Ensina-nos a amar e apreciar o céu azul, o sol, a chuva, a neve e as
tempestades que a natureza nos envia, e dê-nos a sabedoria de
aproveitarmos a oportunidade de o ensino permanente que trazem;
Concede-nos que, no inverno de nossas vidas, possamos olhar para trás,
para os anos que passaram, sem nenhum arrependimento;
Ensine-nos, em verdade, a encarar o que é chamado de morte
porque se pudermos ver anjos e deuses no momento de nossa morte
e não sentimos nenhuma euforia,
e se formos atacados por demônios e não sentirmos medo,
esta então será a verdadeira libertação.
Por meios como estes possamos viver em perfeita meditação. “
( Prece da autoria do Mestre Dhyana Jiyu Houn )
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