sábado, 15 de janeiro de 2011

Canto do Bodhisattva



Certa vez, Avalokitesvara, o Bodhisattva da compaixão andava pelos prados verdejantes do coração espiritual de um homem justo. Em dado instante, ele sentou-se embaixo de uma árvore frondosa, filha do amor que havia possuído aquele homem. Então, o senhor da compaixão cantou o mantra da libertação: "Om Mani Padme Hum"... "Om Mani Padme Hum"... Om Mani Padme Hum"...
Acima, bem no meio do alto da cabeça do homem, brilhou o sol da consciência serena e desperta.
Por ali, como se o seu chacra da coroa se transformasse num alto falante interdimensional, ecoou as vibrações do Avalokitesvara para as dez direções e para todos os seres.
Por todos os lugares onde chegava a vibração do mantra, correntes se partiram e muitas almas foram libertadas da prisão do ódio em si mesmas.
Por onde o mantra chegava, essas almas escutavam o som do perdão e das correntes se partindo por obra e graça do amor incondicional, que a ninguém jamais condena e a tudo compreende.
O Boddhisattva cantou no coração de um homem justo, e as dez direções estremeceram com as ondas vertidas pela compaixão serena e silenciosa.
E até hoje é assim...
No coração dos justos habita o Boddhisattva da compaixão.
Ele inspira, canta e abraça os homens sofredores das dez direções.
No mundo ninguém ouve a sua canção, mas ele continua partindo as correntes da dor silenciosamente.
"Om Mani Padme Hum"... "Om Mani Padme Hum"... "Om Mani Padme Hum"...
Sentado embaixo da árvore nos prados verdejantes do coração espiritual, o Boddhisattva emana o mantra da jóia no lótus.
Ele tem um grande sonho:
"Libertar a alma da humanidade do jugo do egoísmo, e sentar embaixo de todas as árvores e dizer: Sejam felizes!"

Wagner Borges –

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